Há poucas semanas, tive a honra de ser entrevistada por um dos meus professores da Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health, Dr. Joshua Sharfstein, sobre a situação que o Brasil enfrenta na pandemia neste momento.
Foi um momento agridoce.
Se por um lado, poder falar sobre meu país é sempre uma enorme alegria (e todos os que convivem comigo sabem da paixão que tenho pela minha pátria), por outro é dificílimo expor nossas vulnerabilidades desta forma. Entretanto, é o único caminho para a melhora definitiva.
É muito complexo tentar esclarecer sobre as dificuldades que nós encontramos em termos de Saúde Pública, mesmo tendo um sistema tão avançado como o SUS; como é que nos deixamos contaminar pelas ignorância e pelas informações erradas, incluindo parte da população médica, que advoga cegamente por medicações que não só não tratam a COVID-19, como fragilizam corpos e atitudes; como é que a falta da regulação da qualidade da formação médica permite que isso aconteça e como este déficit educacional impacta o momento que vivemos agora; e como é terrível ver o Brasil alijado da discussão em Saúde Pública global – uma realidade de muitas décadas.
After public health measures helped stem a massive first wave of infections, fatigue set in, and Brazil is now facing the worst moment of the pandemic so far. Dr. Luana Araujo, a public health consultant for The World Bank, talks with Dr. Josh Sharfstein about why Brazil is struggling despite a robust universal health care system. She also makes the case for greater inclusion of Brazil in discussions of global health.”
O podcast é em inglês e está disponível aqui.
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Parabéns Dra. Luana por sua posição na CPI do Genocídio. Tenho 72 anos de idade , sou Paraense de Belém do Pará, sou pai de um médico, que tem algumas especialidades, mas que optou pela Medicina Intensiva, sou Avô de uma médica que faz atualmente sua segunda residência em São Paulo, ambos estudaram em Instituições Públicas. Sempre converso com eles sobre seus trabalhos e como leigo, claro, pergunto sobre o tal “tratamento precoce” com uso da tal Kit. Covid, graças à DEUS eles sempre se posicionaram contra o miraculoso produto pro caso do tratamento da COVID 19. Uma outra indagação que faço é sobre a irresponsabilidade do CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, acho que o CFM ´é dubio, pra não dizer OMISSO ou CONIVENTE, sobre o uso do milagroso kit, terceirizando aplicação do mesmo aos médicos e pacientes. Ora, se o próprio presidente (?) da republica e seus ministros propagam através de fake news que o KIT funciona, sem duvidas que os menos avisados, correrão às farmácias em busca do milagroso remédio, que diga-se de passagem, legalmente só pode ser vendido sob prescrição médica, mas se adquire em qualquer farmácia do Brasil, através da famosa “empurroterapia”, através do método BO ( bom pra otário) . O próprio governo estimulou o uso do produto, financiando propagandas testemunhais de “apresentadores sensacionalistas”, com o Datena, Ratinho e aquele dono da RedeTV, o tal Marcelo de Carvalho, que também atuou como lobista na contratação de vacinas de Pfizer.
Parabéns pelo posicionamento claro, tranquilo, esclarecedor e produtivo durante seu depoimento da CPI DO GENOCIDIO, que já enlutou no Brasil, quase MEIO MILHÃO de famílias.
Muito obrigada, Luiz! Fico feliz pelos caminhos de sua família, é sempre um alento!
Vamos em frente.
Abraços!
Dra Luana parabéns pelo blog , muito bem escrito com conteúdo simples de entender para toda população que está carente de informações.
Muito obrigada, Cristina! Que bom que está compreensível – este é o meu esforço aqui!
Abraços!